Conheça o actor por trás do vilão de Harry Potter, que também estará no Terror “THE APPARITION” do ano que vem.

Ele é um veterano na Saga de Harry Potter; mas, no fundo, Tom Felton é um animado e amadurecido jovem britânico, que quer sair do seu papel como Draco Malfoy para arrasar em todo tipo de filmes em Hollywood. Modesto e muito simpático, a Revista SCI – FI News encontrou-o no Set de “The Apparition”, longa sobrenatural com Ashley Greene (Alice em Crepúsculo).

Estavas a filmar o The Apparition ao mesmo tempo em que filmavas Harry Potter. Foi muito corrido ficar indo e voltando de um set para o outro?
TOM FELTON: Foi uma loucura. Foi a primeira vez em muito tempo que eu realmente saí do set de Harry Potter e fui para um set novo. Especialmente em The Apparition, em que eles já estavam filmando há algum tempo e tinham formado uma espécie de família. Foi meio intimidador; mas, todos me receberam muito bem. Acabei a conhecer toda a equipa daqui, algo impossível em Harry Potter, que tem uma equipa muito grande. Mas foi bom pra mim, espero que continue a trabalhar assim para o resto da minha vida (risos).

O fato do teu personagem ser o único que pode solucionar o problema neste filme, ser a chave da solução, ajudou-te a se enturmar?
TOM FELTON: Sim, na verdade, o personagem passa por dois momentos. No início, ele está optimista e acredita que o seu trabalho vai funcionar. Convence os outros de que o que faz está certo. Nas cenas seguintes, vemos que ele fica traumatizado por conta do que está a acontecer, e isso acaba levando a uma tragédia. Foi bem interessante encontrar estes dois lados opostos dentro do mesmo personagem.

O que atraiu-te neste projecto?
TOM FELTON: Eu tinha algumas semanas de folga e decidi vir para Los Angeles para ver como era. Foi a primeira vez que vim para cá para conhecer gente e fazer contactos. The Aparition surgiu no final da minha viagem. David Rapaport estava a reunir o elenco e ele fez-me sentir à vontade. Eu cheguei à sua sala e fiz uma cena atrapalhada. Estava nervoso, há anos eu não fazia um teste para um papel, e ele acalmou-me. Refizemos a cena várias vezes e acabei conseguindo o papel. Foi tudo muito rápido.

És fã de filmes sobre o sobrenatural?"
TOM FELTON: Sim, até certo ponto. Não sou fã dessa nova onda de filmes sanguinolentos que surgiram nos últimos tempos, como "Saw". Acho que a imaginação é muito mais poderosa do que se mostrar tudo o que acontece. Ver uma pessoa a ter as suas tripas arrancadas é o meu limite. Saí à minha mãe nesse aspecto (risos). Sou fã do subrenatural e do desconhecido. Há tanta coisa por aí que não podemos explicar, então, porque não podem existir essas coisas sobrenaturais também?

Qual é a melhor coisa em ser um actor?
TOM FELTON: Acho que isso: há quarenta e oito horas era um feiticeiro loiro e infeliz (risos). Agora, estou aqui, a  usar óculos! (risos) Sempre admirei o Daniel (Radcliffe) por isso. Os primeiros que me deram eram bem redondos, e eu dissei: “Não!! Que é isto, também vão colocar-me uma cicatriz na testa?”

Consideras o Draco um feiticeiro infeliz?
TOM FELTON: Infelizmente talvez não, mas ele não é animado, não é a alegria da festa. Interpreto dois personagem bem diferentes aqui, e é parte do desafio e da felicidade de fazê-los principalmente quando os meus directores ficam felizes com a minha actuação.

Harry Potter está a chegar ao fim, como vai ser isso? Achas que vai trazer emoções conflitantes?
TOM FELTON: Com certeza. Vamos filmar até o começo de Julho e será difícil dizer adeus a Hogwarts, estamos lá há muito tempo. É o mesmo prédio, os mesmos sets e, basicamente, as mesmas pessoas. Vai ser triste, mas ter feito esse outro filme é um empurrão para mim, para buscar outras coisas depois de tudo terminar.

Que tipo de trabalho irás procurar?
TOM FELTON: Qualquer coisas que me desafie, pois seria muito fácil entrar num papel vilanesco, e com o mesmo perfil que o Draco. Adoraria incorporar a música ao meu trabalho, que é minha outra paixão. Talvez um filme de banda…

Tocas algum instrumento?
TOM FELTON: Sim, sou um guitarrista. Ela é o meu bebé, levo-a para todo lado. E musicais são tão variados, trazem-nos tantas possibilidades. Adoraria fazer um filme como o de Tom Hanks: The Wonders – O Sonho não Acabou, é um dos meus preferidos.

Por falar nisso, que actores admiras?
TOM FELTON: Tem aqueles óbvios, como Brad Pitt, que fez tantos filmes dos quais eu gosto. Anthony Hopkins, Benicio Del Toro. Quanto aos britâncios, minha lista é bem “potteriana”. Sou muito fã do Jason Isaacs e ele ajudou-me muito. Todo o elenco adulto foi muito inspirador. A Helena Bonham Carter também é excelente, e ouso dizer que é minha amiga. (risos)

Em "The Apparition", com a Ashley Greene, não aconteceu uma espécie de guerra entre as franquias: Crepúsculo vs. Harry Potter?
TOM FELTON: Tipo “Quanto de bilheteira o teu filme fez?” (risos). Não, não, eu senti-me honrado em trabalhar com pessoas de outra franquia de sucesso. E eu revi o Rob (Robert Pattinson) na estréia de Lembranças, lembrava-se de mim, nada mudou!

Cresceste na frente das câmeras e do público. Qual a decisão que dirias que foi a mais importante que tomaste para manter os pés no chão nesse processo?
TOM FELTON: Eu tive muita sorte de estar com doze, treze anos quando começaram as filmagens de Harry Potter, então, já tinha estabelecido o meu grupo de amigos na época, e eles nunca ligaram para os filmes e tudo mais. Isso é óptimo para mim. Eu não fico  a perguntar sobre o trabalho deles, eles não perguntam sobre o meu. Nós saímos para beber cerveja e assistir aos jogos de futebol, só isso.

Então, gostas de futebol? Para qual equipa torces e quais as chances da Inglaterra na Copa?
TOM FELTON: Foi só um termo genérico, não me perguntes de futebol! (risos) Eu teria dito críquete, mas achei que seria estranho demais! (risos). Os meus amigos para o Manchester United, mas a minha namorada e a família dela torcem para o Arsenal, então, tenho que ficar do lado deles.

Tens alguma coisa que pretendes levar para casa do set de Harry Potter quando as filmagens acabarem?
TOM FELTON: A minha varinha seria fixe, que está comigo há anos, mas não penso nisso. Quero manter contacto com as pessoas que eu conheci. Ah, e ter uma coisa fixe que a gente faz todos anos: nós realizamos um jogo de críquete entre Gryffindor e Slytherin, mas, no ano passado, eu e o Daniel (Radcliffe) não pudemos jogar por causa do seguro. Então, neste ano, espero que possa jogar, estou ansioso para isso!